terça-feira, 20 de julho de 2010


Sempre se renovando, Agatha Christie escreve um livro em que os personagens , como ela mesma diz, são todos muito antipáticos. "Cem gramas de Centeio" (A Pocket Full of Rye), tem logo de saida, três assassinatos em 48 horas e os envolvidos são, realmente, antipáticos.
Dessa vez Miss Marple não é chamada mas, sempre guiada por seu senso de justiça, vai ao local do crime para investigar a morte de uma pobre jovem, orfã, e que durante algum tempo esteve a seu serviço.
A brutalidade do crime mexe com os sentimentos de Miss M. e também com os nossos.
A ambição de uma pessoa não devia envolver uma jovem ingênua e desamparada.
Em dois dos crimes a arma utilizada foi o veneno, a preferida de AC. e além do costumeiro cianureto (toda casa tinha uma reserva desse veneno para matar ninhos de marimbondos, prático, não?), ela introduz um pouco conhecido: a taxina, extraido dos frutos da árvore do teixo, abundante no local (a casa se chama "O Solar do Teixo" ).
Da árvore do teixo (que dura de 1500 a 2000 anos) é extraído um alcalóide (taxina) que é veneno mas também usado como medicamento no combate ao câncer (taxol). Eu mesma já tomei esse remédio (tamoxifen) durante 5 anos, graças a Deus.
Ao regressar a sua casa Miss M. recebe a confirmação das suas deduções que levaram à prisão do culpado.

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