sexta-feira, 2 de julho de 2010


"O Cavalo Amarelo" (The Pale Horse) foi o primeiro livro policial que minha sobrinha Beatriz leu, há muitos anos passados, e despertou nela uma admiração especial pelo gênero e pela autora que permanece até hoje.
Agatha Christie escreveu esse livro em 1961 quando já estava com 70 anos de idade e com o mesmo frescor dos primeiros anos.
A personagem Ariadne Oliver, calcada na própria Agatha, está com a corda toda. Suas tiradas são ótimas: para justificar um telefonema ela apresenta, em instantes, quatro motivos razoáveis e convenientes (pedir o endereço da loja que vende aquele caviar divino, pedir o endereço da milionária que quer restaurar um quadro, devolver um lenço que a moça emprestou no dia que correu sangue de seu nariz.....) e seu comentário sobre a reencarnação (por que uma pessoa velha, feia e pobre não se reencarna? São sempre princesas egípcias ou escravas babilônias) é o tipo de comentário que eu mesma sempre faço.
Naquela época o espiritismo estava na moda e AC aproveita para criar uma série de mortes aparentemente causadas por uma ordem dos espíritos.
(continua)

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