segunda-feira, 19 de julho de 2010


As primeiras páginas de "Nêmesis" (Nemesis) são de uma delicadeza que nos transporta a um tempo que, mesmo sem tê-lo vivido, temos dele deliciosas recordações.
A rotina diária de Miss Marple, a leitura dos jornais (quando chegam no horário acertado), a procura das notícias (jornais são para isso: notícias), a leitura dos obituários... Minha mãe, ao pegar o jornal, pela manhã, lia primeiro o obituário. Ela queria saber, logo cedo, quem havia morrido.
Miss M. recebe cartas e o abridor de cartas está sempre ao seu lado para ser utilizado, cuidadosamente.
Ao receber um convite de uma firma de advogados de Londres ela não pode fazer idéia do que a espera: uma visita, com tudo pago, aos jardins e mansões notáveis, com o objetivo de procurar, num acontecimento do passado, justiça para os inocentes e castigo para um crime que, ao contrário dos outros, tem como motivo o amor. Amor errado, é claro, amor doentio, não o verdadeiro AMOR.
(continua)

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