terça-feira, 8 de junho de 2010


Quando foi publicado, em 1926, o sexto livro de Agatha Christie - "O Assassinato de Roger Ackroyd" (The Murder of Roger Ackroyd), logo se transformou num grande sucesso. É um livro muito bem escrito, engenhoso e diferente. AC foi desafiada a escrever um policial em que o criminoso fosse o narrador, mas de tal maneira o enredo é conduzido que só seria possível ser descoberto isso no final do livro.
Ao longo da minha vida de devoradora de livros eu aprendi a descobrir tudo até nas primeiras páginas mas, na época, o final foi realmente uma surpresa.
HP está aposentado de suas investigações e vai morar na pacata vila de King´Abott mas logo vai voltar à ativa: uma jovem desesperada pede seu auxílio. Ele tem as mulheres em alta conta e respeita-as. HP acha-as maravilhosas e, ele diz: "As mulheres inventam coisas ao acaso e, por milagre, acertam. Elas notam inconscientemente milhares de pequenos detalhes até sem perceber, e seu subconsciente vai adicionando essas pequenas coisas e o resultado é o que chamamos de intuição feminina."
O desempenho de HP é primoroso. São tantas as demonstrações do intelecto do pequeno detetive que só podemos ficar de boca aberta e dizer: BRAVO!

Um comentário:

  1. Este foi o primeiro livro que eu li da Agatha Christie. Devia ter uns 12 anos. Ganhei de presente do José Mindlin. Ele sabia exatamente como despertar o interesse dos jovens pela leitura: nada como um bom livro de mistério de Agatha Christie! Até hoje, considero um dos melhores da autora. O final é mesmo surpreendente. Acontece o que em inglês se chama de "plot twist"; uma reviravolta na trama para usar o bom português.
    Em 1939, Orson Welles adaptou uma versão para rádio intitulada "Campbell Playhouse". Ele mesmo fez os papéis de Poirot e do Dr. Sheppard.

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