terça-feira, 22 de junho de 2010


O bridge é um jogo de cartas que fascina os ingleses de tal forma que eles, bem ou mal, jogam o ano inteiro. Este livro "Cartas na Mesa" (Cards on the Table), escrito em 1936, é um dos meus preferidos mesmo não entendendo nada de bridge.
Acho o livro delicioso em virtude da personagem que AC nele apresenta: Mrs. Ariadne Oliver, escritora de livros policiais lembra, e muito, a própria Agatha Christie.
AC criou um detetive finlandês, velho, misógino, vegetariano e ela não consegue ficar livre dele - seus leitores o adoram.
A questão da idade é muito estranha para nós, hoje, acostumados a lidar com uma média de idade bem alta. Naquele tempo, alguém com 60 anos já era considerado gagá.
Envolvida numa cena de crime, a escritora AO tem umas tiradas muito boas: defende a ida de uma mulher para a chefia da Scotland Yard, serve café preto com torradas quentes com manteiga (nada de chá), tem sempre um monte de idéias para explicar os motivos do crime (cada qual mais esquisita) e suas considerações sobre a dura vida de uma escritora de livros policiais é como um desabafo da autora presa a sua obra.
HP dá as cartas e nos surpreende, como sempre.

Um comentário:

  1. Este é um dos livros mais interessantes para mim também. E estou na mesma situação de não saber jogar bridge. Mas me lembro que na época que o li, fui pesquisar as regras do jogo. Eram um pouco complicadas e eu logo percebi que não encontraria parceiros. Desisti de aprender. Mas o livro não perde o charme.

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