quinta-feira, 24 de junho de 2010


Hercule Poirot nunca havia lido os clássicos, não conhecia a mitologia grega apesar de ter o nome de um semi-deus grego elevado à morada dos deuses (o Olimpo).
Desafiado e estando perto da aposentadoria resolve finalizar sua carreira resolvendo casos que lembrassem, simbolicamente, os doze trabalhos do Hercules grego.
"Os Trabalhos de Hercules" (The Labors of Hercules) contem 12 histórias curtas, escritas não ao mesmo tempo (de 1939 a 1947) e editadas não sei quando.
São todas muito pertinentes e a analogia está bem feita. A primeira história (O Leão da Neméia) é tão delicada e sua personagem - uma dama de companhia velhusca e meio tola - que conquistou minha simpatia desde a primeira vez que li o livro.
Conheço tantas Miss Carnaby, hoje e aqui perto de mim, que seu drama me deixa emocionada.
Pobres damas de companhia, incompetentes e sem perspectivas de um futuro seguro quando não puderem mais trabalhar. Mas também conheço senhoras, ricas e apaixonadas por seus cachorrinhos de estimação sempre a lhes dar despesas.
Felizmente, essas senhoras têm um olhar de compaixão para suas empregadas quando elas ficam inúteis e gestos de solidariedade para com essas pobres criaturas. HP é vitorioso em todos os trabalhos propostos mas, é claro, não é dessa vez que ele vai se aposentar.

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