quarta-feira, 9 de junho de 2010


Agatha Christie diz, em sua autobiografia, que o livro que ela menos gostava era "O Mistério do Trem Azul" (The Mistery og the Blue Train). Ela devia ter suas razões e eu acho que o número maior de personagens (11 mulheres e 10 homens) - que resultou em maior número de páginas - deve ter sido um deles. Realmente, há excesso de personagens secundários que podem ser descartados.
Mas eu gosto do livro, por nostalgia. Que vontade de ter viajado no Trem Azul (ah, a Riviera Francesa), de receber uma herança inesperada (mas bem merecida), de entrar numa loja de alta costura e comprar vestidos maravilhosos: o tailleur gris clair, o robe de soirée "soupir d´automn", o conjunto rosa de crepe de Chine. Um vestido de noite rosa meio lilás - cada vez que leio esse livro sonho com esse vestido.
AC faz acontecerem crimes nos trens (como ela gostava de trens! Igual a mim, tenho paixão por viajar de trem). Orient Express, Expresso Inglês, Trem Azul e outros: quase todos os personagens de AC, em algum momento, viajam de trem, principalmente nos dias de tarifas mais baratas.
HP. tem muito trabalho para deslindar o crime, mas não falha. E AC nos dá uma lição: filhinhas de papai rico, acostumadas a terem tudo, um dia podem se dar mal. Agora está na moda festas infantis custando até cem mil reais. Como será a festa de 15 anos?

Nenhum comentário:

Postar um comentário