quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Quando começo a ler qualquer livro, procuro conhecer onde e quando acontece a ação. Como leio muito, vários autores, de vários paises, preciso situar-me no tempo e no espaço.
Antes de mais nada é preciso saber que Agatha Christie era inglesa, escreveu de 1930 até mais ou menos 1970, e dos seus muitos livros quase 80% (incluindo os contos) 70 são passados na Inglaterra e 12 em outros paises. (Essa pesquisa não é muito garantida).
Esses livros estão distantes de nós, no tempo, em até 90 anos, e precisam ser lidos levando-se em conta esses fatores.
Os costumes, os hábitos ingleses, mesmo nos dias de hoje, são muitas vezes estranhos, imagine os costumes daquela época.
As casas têm nome, eles comem rins de cordeiro no café da manhã, tomam chá a toda hora, jogam bridge como se fosse uma devoção, dirigem pelo lado direito da rua e o dinheiro... Ah, o dinheiro de antes: soberanos, coroas, libra esterlina, guinéus, shillings, pence - ainda bem que hoje temos a libra dividida em 100 pence.
Naqueles tempos todo mundo fumava e era de bom tom ter cigarros em casa para oferecer às visitas; os ricos viajavam sempre com uma criada de quarto ou um valete - para ajudá-los a se vestir e desvestir; os jardineiros eram essenciais e não podiam faltar nas casas; usava-se tinteiro, pena e mata borrão e sempre havia na casa muitos selos do Correio.
Mas um hábito salutar e muito querido para mim são as viagens de trem. Como os ingleses viajavam de trem, chega a dar inveja. A.C. adorava andar de trem e seus personagens estavam sempre a bordo.

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